se há um deus a beleza que existe é a sua maior prova

abro os olhos e vejo que vejo, hoje outra vez, e que sinto e que ouço, desta vez o som da chuva.
acordo os olhos, como se pode adormecer e acordar de novo? mas acorda-se e tenho acordado, dia após dia. talvez fosse mais fácil ao corpo permanecer dormindo, mas o corpo acorda. e isso, como poderei agradecer-lhe? pego na água quente, e mimo-o e sorrio-lhe, hoje outra vez, por ter acordado.

vou ter contigo da mesma forma que há quem vá para o trabalho, semana após semana, cedo e feliz, sem que sequer precise do dinheiro.

The Lake*, by Edgar Allan Poe


In youth's spring, it was my lot
To haunt of the wide earth a spot
To which I could not love the less
So lovely was the loneliness
Of a wild lake, with black rock bound
And the tall trees that towered around

But when the night had thrown her pall
Upon that spot as upon all
And the wind would pass me by
In its stilly melody
My infant spirit would awake
To the terror of the lone lake

Yet that terror was not fright
But a tremulous delight
And a feeling undefined
Springing from a darkened mind
Death was in that poisoned wave
And in its gulf a fitting grave
For him who thence could solace bring
To his dark imagining
Whose wildering thought could even make
An Eden of that dim lake



*magnificamente tornado em musica por antony and the johnsons

e porque é que o medo, que come a alma, não foi considerado um dos pecados capitais?

a hipocondria que às vezes me ataca é como o medo daquele funcionário negligente que tem medo que o patrão o descubra e despeça

por ti renunciaria ao meu orgulho, à minha ira, à minha luxúria, à minha preguiça, à minha gula, à minha avareza e à minha inveja

e contigo, despida de tudo isto, ficaria tão mais rica