o horror...


este fim de semana, santapascoa, foi o baptizado de um dos meus sobrinhos.
a missa escolhida para tal celebração foi a vigilia pascal, com inicio às 22 e fim (disseram-me que nao me aguentei) às 1:oo do dia seguinte.
foram 4 leituras do velho testamento, com salmos pelo meio, uma do novo e o envagelho, do novo tambem, claro.
foi uma ladainha com o mote "santo X, rezai por nos", em que o numero de santos invocados era, sem qq duvida, superior a 3o. para no fim da ladainha terminar com um "todos os santos e todas as santas, rezai por nós". uma capacidade de sintese que seria aprazivel 30 frases antes.
o baptizado em si mesmo durou pouco, e foi um alivio, pq era sinal de que me podia ir embora sem complexos de má tia.

mas o que foi mesmo mesmo mau foi a segunda leitura do velho testamento.
era aquela, a que representa a fundação do judaismo e, assim, do judiano-cristianismo.
já a tinha ouvido milhares de vezes, mas desta vez foi-me insuportável.
trata-se daquele momento em que Deus pede a Abrão para sacrificar o seu filho Isac.
Abrão aceita logo, ou pelo menos nada é referido na biblia em contrário. Não há um "oh meu Deus, perdoa-me mas isso custa-me tanto" não há um "oh meu Deus, deixa ficar o meu filho e aceita antes o meu sacrifício". Para além disso, o Abrão mente ao Isac no meio da história.
Horripilante.

O que vale é que a seguir veio uma leitura sobre como Deus tinha sido um querido em afogar uma data de egipcios no mar vermelho.

Não "renego" a importância histórica destes textos, duvido da utilidade de 4 textos do antigo testamento para as questões espirituais das pessoas que ali estavam.

Ainda me cheira a bafio, e isso deixa-me zangada.